VESTIDAS DE POESIA ♥ A verve da Poeta goiana CRISTINA MILANNI
PROFANO
Quiçá flor bela formosa, a
mais pura de Samira,
Cuja fragrância exala por
campos em suave Mirra.
A mais adorada exótica
flor, pura e febril;
Com pétalas em orvalho em
gotas de Luxúria.
Cintila no pomar dos meus
desejos,
Carrego-te no peito como
possessão diabólica.
Expurgo-me do pecado em
seus beijos;
Não me condene ao
holocausto do Inferno.
Antes de Flor... Eu fui um
anjo;
Com as asas resplandecia
um amor Inglório.
Nos seus braços de pecado,
fogo eu abranjo.
Não vivo mais... Nem no
céu e nem no inferno,
Uma imaculada, dantes flor
e doce anjo;
Hoje, uma brisa fina, dum toque
frio e eterno.
•
"Condenada”
Essa minha carne podre decomposta;
Onde vermes famintos a devoram.
Retornasse ao pó... sua final matéria;
Livre da angústia e tormenta imposta.
--
Sendo que num cuspe sobre a terra,
Barro feito, uma cegueira foi curada;
Eu, estava Morta numa tumba eirada.
Não fui Lázaro chamado entre os Mortos.
--
Lá estava sendo por larvas devorada;
De pecado em pecado fui julgada...
Há Nenhum galardão foi me Dádiva.
--
Sobre que a Vida tenra fui jogada,
Subjugada por viver escárnio e heresia;
Diante da face o veredicto: Condenada.
Essa minha carne podre decomposta;
Onde vermes famintos a devoram.
Retornasse ao pó... sua final matéria;
Livre da angústia e tormenta imposta.
--
Sendo que num cuspe sobre a terra,
Barro feito, uma cegueira foi curada;
Eu, estava Morta numa tumba eirada.
Não fui Lázaro chamado entre os Mortos.
--
Lá estava sendo por larvas devorada;
De pecado em pecado fui julgada...
Há Nenhum galardão foi me Dádiva.
--
Sobre que a Vida tenra fui jogada,
Subjugada por viver escárnio e heresia;
Diante da face o veredicto: Condenada.
•
Desbotada
Talvez eu afague a minha própria morte
Cansada de passar pela vida desbotada
Feito uma Aquarela em preto e branco
Sou a lírica Nua, duma alma sem sorte
Descalça andando entre espinhos
Vago em penumbras dum verso esquecido
Sem Norte ou Sul... sem Sonhos...
Sou uma estranha fora do seu ninho
Sob os olhos de quem não me enxerga
Num abraço de quem nunca me alcança
Esquecida ou nem sequer lembrada
Morrendo aos poucos dentro dos Sonhos
Vago entre fantasias e realidades
Talvez eu afague a minha própria morte
Cansada de passar pela vida desbotada
Feito uma Aquarela em preto e branco
Sou a lírica Nua, duma alma sem sorte
Descalça andando entre espinhos
Vago em penumbras dum verso esquecido
Sem Norte ou Sul... sem Sonhos...
Sou uma estranha fora do seu ninho
Sob os olhos de quem não me enxerga
Num abraço de quem nunca me alcança
Esquecida ou nem sequer lembrada
Morrendo aos poucos dentro dos Sonhos
Vago entre fantasias e realidades
No despertar do sono... me transponho
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